Desde sempre nós desidratamos e encapsulamos as placentas das mulheres porque elas querem. Porque acreditamos no potencial incrível desse órgão. Porque vemos as mulheres muito mais tranquilas no pós-parto. Porque ouvimos e recebemos toda semana relatos de mulheres que estão super felizes com suas cápsulas. Mas se nada disso existisse, ainda assim nós faríamos as cápsulas por respeitar profundamente a autonomia das mulheres sobre o que fazer da sua vida, com o seu bebê, com a placenta do seu bebê. É esse nosso combustível.
Mas não bastasse isso, nos últimos anos temos tido algumas boas contribuições de pesquisadores e estudiosos que ajudam a placenta ser vista com outros olhos pelo mundo. E hoje temos mais uma boa nova!
A Universidade de Jena, na Alemanha, inaugurou um “Laboratório da Placenta” e está estudando seus nutrientes e hormônios antes e após o processo de desidratação.
Resumidamente, e concordando com nossas expectativas após receber tantos relatos positivos sobre o uso das cápsulas no pós parto, foram encontrados no tecido placentário hormônios ativos com potenciais benefícios fisiológicos. Por outro lado, elementos potencialmente tóxicos estiveram dentro do aceitável pelo órgão regulador europeu.
Outra coisa linda de se ler: os resultados preliminares do laboratório de placenta foram apresentados e discutidos por um time de cientistas, obstetras e ginecologistas – o pessoal lá na Alemanha está olhando com seriedade para esses dados ao invés de criticarem de forma preconceituosa quem usa. E isso já é muita coisa!
Enquanto o artigo científico não é publicado, traduzimos os principais resultados preliminares divulgados na reportagem do site placentanetwork.com:
- Elementos potencialmente tóxicos como chumbo, arsênico e mercúrio foram encontrados abaixo do limiar tóxico definido pelas agências reguladoras europeias. As participantes do estudo não reportaram exposição especial a esses elementos tóxicos;
- O preparo do tecido placentario tem um óbvio potencial de contaminação microbiana: mas a desidratação causa uma redução drástica nos germes, o aquecimento seguido da desidratação causa ainda maior redução das espécies microbianas. Nenhum organismo “não seguro” pelos padrões da União Européia foi encontrado nas amostras.
- Os seguintes hormônios foram detectados no tecido placentário: CRH, hPL, Ocitocina, ACTH, substâncias estrogênicas e progestágenos ativos. As maiores concentrações desses hormônios foram encontrados na placenta crua. Os hormônios foram bastante sensíveis ao processamento. Aquecimento seguido de desidratação causou a maior perda hormonal; desidratação sozinha causou a menor perda hormonal e ainda aumentou a concentração de progesterona.
- O tecido placentário é uma fonte natural de hormônios, ferro e proteína. As propriedades exatas de cada placenta variam individualmente. A ingestão dos hormônios placentários no pós parto pode ter um efeito fisiológico nesse período mas não podemos tirar conclusões sobre a bioatividade desses hormônios. O risco de envenenamento ou intoxicação pelo consumo da placenta é baixo.
- Essas descobertas precisam ser repetidas e verificadas através de estudos com amostras maiores.
Há pouco tempo Cuba anunciou a cura do vitiligo usando medicação feita de placenta; o uso das membranas amnióticas na recuperação de queimaduras graves também é bastante conhecido. Ainda que para nós a satisfação da mulher que se beneficia da ingestão das cápsulas da placenta no pós parto seja suficiente para continuarmos oferecendo isso a elas, é muito importante ver esse caminhar da ciência em direção à respaldar seu uso. As mulherada agradece!
Link: http://placentanetwork.com/preliminary-results-placenta-research-jena-university/